sexta-feira, 26 de maio de 2017

GALERIA ADRIANA VAREJÃO - INHOTIM - MG



inhotim

Minha narrativa é um tecido de histórias. Histórias do corpo, da arquitetura, do Brasil, da tatuagem, da cerâmica, dos azulejos antigos, portugueses, ou dos modernos vulgares, dos mapas dos livros, da pintura.
E mais: um botequim na Lapa, um canto em Macau, uma piscina em Budapeste, ruínas em Chacahua, um muro em Lisboa, um claustro em Salvador, um hammam subterrâneo no 18º bairro de Paris, um delicado vaso Song, uma frase num livro, um mercado em Taxco, uma pele tatuada, um anjo negro em Minas, um caco em Barcelona, um nanquim em Guilim, um açougue em Copacabana, um crisântemo em Cachoeira, uma notícia no jornal, um espelho em Tlacolula, um banheiro de rodoviária, um pássaro chinês em Sabará, o som do violão, um azulejo em Queluz, um charque em Caruarú, uma frase do passado, um quadro em Nova Iorque, ex-votos em Maceió, um vermelho em Madrid, um sento em Kyoto, e mais, e mais, e mais…
Adriana Varejão, sobre sua relação com a palavra história
Em 2008, o Inhotim inaugurou um de seus pavilhões mais emblemáticos, marco da profunda relação entre arte, arquitetura e paisagismo presente no Instituto. A Galeria Adriana Varejão abriga seis obras da artista, trabalhos que expressam sua diversidade de interesses e variedade de fontes de sua pesquisa. No dia 24 de maio, Adriana Varejão vem a Belo Horizonte a convite do Inhotim para participar do Seminário Espaço, Trabalho e História. 






















Além de jardins e obras de arte que chamam a atenção de todo o mundo, o Inhotim também tem se consolidado como uma vitrine da arquitetura contemporânea brasileira. Prova disso é que o Centro de Educação e Cultura Burle Marx, onde está instalada a obra Narcissus Garden Inhotim (2009), da artista Yayoi Kusama, foi indicado ao 1º Prêmio das Américas Mies Crown Hall (MCHAP), do Instituto de Tecnologia de Illinois, nos Estados Unidos. Entre os 225 projetos selecionados, 36 foram destacados na categoria “excepcional”, incluindo o prédio do Instituto, além de importantes nomes da arquitetura das Américas, como Herzog & de Meuron, Gehry Partners e Steven Holl Architects.
Essa não e a primeira vez que o edifício concorre a uma premiação. Criado pelo escritório mineiro Arquitetos Associados para o Inhotim e inaugurado em 2009, o Centro de Educação e Cultura Burle Marx foi ganhador da categoria “Edifícios Institucionais”, do 3º prêmio O Melhor da Arquitetura, da revista Arquitetura & Construção (Editora Abril), indicado ao 9º Prêmio Jovens Arquitetos 2009 do IAB SP; à 12ª premiação de arquitetura IAB MG, em 2010, entre outros.
Essencialmente um espaço de trabalho e conhecimento, o Centro de Educação e Cultura Burle Marx é a sede dos programas educativos do Instituto, que atuam nos eixos Arte e Educação e Educação Ambiental. Com 1.704 m², o edifício contempla uma biblioteca e ateliês para a realização de workshops, além do Teatro Inhotim, com capacidade para 214 pessoas, e o Café do Teatro, ótimo para tomar um espresso e experimentar um bom pão de queijo.
No topo do prédio, está a versão de uma das obras mais emblemáticas da japonesa Yayoi Kusama. Originalmente apresentada durante a 33ª Bienal de Veneza, em uma participação extraoficial da artista no evento, Narcissus Garden Inhotim (2009) reúne 500 esferas de aço inoxidável, que flutuam sobre o espelho d’água da cobertura. O vento e outros fatores externos criam novas formas para instalação, que reflete o céu, a água e a vegetação do entorno, além do próprio espectador, criando, nas palavras de Kusama, “um tapete cinético”.

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