Genoveva de Lima Mayer não ficou para a história, mas durante duas décadas marcou a vida da elite burguesa lisboeta. Entre os loucos anos 20 e os 30, a milionária excêntrica cultivou a elegância e a extravagância. Dessa época permanece intacta a casa onde vivia em Lisboa.
Casa Veva de Lima – Palacete Ulrich
Rua Silva Carvalho, 240
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Deve o seu nome ao Embaixador Rui Ennes Ulrich e sua mulher Genoveva de Lima Mayer, cujo nome literário era Veva de Lima. O palacete foi construído em 1894 por Joaquim Augusto Ponces de Carvalho, primeiro e único Conde de Vilar Seco. Posteriormente passaria, por herança, para a posse da casa de Anadia. É a esta família que, em 1920, o Dr. Rui Ulrich arrenda o palácio, procedendo à sua recuperação, com grande fausto e embelezamento interior. A casa acolheu o último salão lisboeta, na tradição romântica de centros de reunião de figuras relevantes dos meios literários artísticos e políticos. É também um dos poucos exemplares subsistentes de arquitetura erudita anterior ao século XX, que mantém, ao nível do vestíbulo e primeiro andar, toda a decoração e recheio originais. A personalidade e gosto da carismática escritora e socialite, Veva de Lima, estão bem marcadas no interior, sendo visível o seu símbolo (uma borboleta ladeada por dois cisnes) em várias partes da casa. As festas e reuniões de ilustres entre os anos 1920 e 1940 foram seguidas de um período mais tranquilo sob a orientação de Maria Ulrich, filha de Veva de Lima, emprenhada em atividades educativas e na Ação Católica. Em 1980, o palacete é adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa e é criada a Associação Casa Veva de Lima, de acordo com os desejos de Maria Ulrich, para manter a tradições de encontros culturais e de espírito humanista iniciados pelos pais. À data da sua construção, o palacete disfrutava de uma magnífica vista, incluindo todo o Tejo, do nascente até à barra, bem diferente do aperto em que o colocaram as construções modernas.
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